terça-feira, 29 de junho de 2010

A Copa da Zebra

 Caros amigos (as), publico um texto bastenate interessante de um amigo e coloborador deste blog, sobre a copa.
Boa Leitura!
 
 
A Copa da Zebra
Por:  Júlio Lázaro Torma

   O continente africano, além de ser a terra dos nossos ancestrais, segundo os cientistas, há mais de 3.500.000 anos o homem surge no leste do continente africano na região do monte Kilimanjaro e depois migram para as outras regiões do planeta.
  A terra em que uma  grande parte da população foi arrancada para vir construir as riquezas do continente americano, através do trabalho escravo que envergonha a humanidade.
  É a terra do Saara, ao norte , das florestas e savanas ,ao sul, onde encontramos o animal que podemos dizer que é o símbolo desta Copa do Mundo, na qual podemos chamar de "Copa da Zebra".
  Quando o presidente da FIFA, o economista suíço o senhor Joseph Sepp Blatter, anunciou em dezembro de 2009, os cabeças de chave dos oito grupos do mundial, muitos falavam que o mundial seria moleza, água com açúcar, canjinha de galinha, passeio e que os candidatos a levantar  a taça, seria a África do Sul, França, Argentina, Inglaterra, Itália, Camarões, Espanha, Portugal, E.U.A, Brasil, Holanda ( Países Baixos), Austrália e que o resto era para encher lingüiça ou fazer número.
  Olhando esta copa lembro-me da Copa de 1990, na Itália, quando a seleção de Camarões apareceu e conseguiu a simpatia de todos os torcedores,  bem como foi apontada -por alguns- como o sucesso do momento e, ao mesmo tempo, a zebra da Copa, chegando a ser a 7ª colocada daquele mundial.
  Eis que a Copa 2010 trouxe muitas "zebras" que chegaram as oitavas ou quase lá, supreendendo o torcedor, como no caso da Nova Zelândia, com o seu amor ao esporte, onde os jogadores não recebem salários, diferente de outras seleções onde os atletas amam o dinheiro e os holofotes da mídia e ficam brabos, quando são criticados ou esquecidos pela mídia que os bajula.
   Nos grupos, vimos seleções que a um tempo atrás não  lhes era dado crédito, algum, mas que na tabela jogaram melhor do que times favoritos. Outros fizeram supresas, como o caso da Grécia, que fez o seu primeiro gol num mundial vencendo a Nigéria por 2 a 1.
  Do outro lado, vimos as seleções emergentes derrotando  as favoritas ou potências econômicas, como as derrotadas, França, Itália, E. U. A e Inglaterra , vencida por sua eterna inimiga Alemanha.
  Na América Latina, a  Argentina, Uruguai, Brasil, Paraguai, Chile e México estão mostrando esta nova forma de fazer futebol, através da paixão e da raça, mesmo que o futebol brasileiro já tenha incorporado o vicio do futebol europeu dos milhões do G7 ( grupo dos 7 países mais ricos do mundo).
  É uma zebra, ver nas oitavas de final, o retorno do Uruguai, Gana, Coréia do Sul, México, Eslováquia, Chile, Paraguai, Portugal. Países sem tradição futebolística, como o Japão e os E. U.A, jogando contra países com forte tradição e candidtíssimos ao título, como Brasil, Holanda, Espanha, Alemanha e a Inglaterra, a terra do futebol! Inglaterra que  é tida como a mãe do futebol moderno, poderia ser a superpotência do futebol e que só venceu a copa de 1966, poderia ter sido a rival do Brasil. 
   Para muitas seleções que estavam participando da Copa, o objetivo maior  (por certo) era o de ser campeãs, pois todos têm o sonho da vitória. A sua participação na tabela do mundial,já é uma grande alegria, pois o que vale é participar como escrevia o cartunista Henfil:
  " Se não houver frutos, valeu a beleza das flores, se não houver flores, valeu a sombra das folhas, se não houver folhas, valeu a intenção da semente".
  Assim é esta Copa do Mundo, que entrará para a história como a Copa das Zebras, uma Copa que não tem, ainda, favoritos para a final.

 

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