Dia desses, em mais uma “aula” que a vida nos proporciona, estive conversando (conhecendo) com um grupo de jovens Raper’s: “Grupo Manifesto-RS” e com mães deste e de outros jovens que não são músicos. De início, percebi que, por mais que entendamos os males que as drogas causam (em especial o Crack), por mais que conheçamos a periferia e sua realidade, como é meu caso, haja vista que moro e fui criado nela, seremos sempre desconhecedores do âmago desse problema.
Geralmente, são “marginais”, “vagabundos”, “Vileiros” ou, corriqueiramente chamados, drogados! Sim, é assim que parcela da sociedade ainda os identifica! Embora esteja havendo uma mudança de concepção, no que concerne à compreensão desse mal como uma doença, ainda assim é incipiente! Mas esses “manos”, ex-dependentes, estão ajudando a quebrar este estigma, bem como encontraram apoio para se afastar das drogas, na música! Eles têm muito a ensinar-nos a melhor entender o que é ser um dependente, ou, a luta que é travada para continuarem na abstinência: luta diária e árdua!
Essa alternativa encontrada, a música, não só os ajuda a manterem-se com suas mentes ocupadas, como também os uniu ainda mais e, também, somaram as suas respectivas famílias, as quais ressaltam sempre sua importância, em especial, a das mães. Suas letras, em grande parte, saem de suas próprias Estórias, o que torna mais rica a melodia.
Por fim, gostaria de dizer a esses “manos”, Dariel, Rafael, Dj Dedé, Gilvan, Guiga e Hugo, que agradeço a “aula” que tive sobre esse tema. Continuem a tarefa de esclarecer à sociedade, através de suas letras, depoimentos, para que se possa minimizar a inserção de novos jovens neste mundo miserável! Desejo-lhes sorte nessa luta contra esse “monstro”, assim com muita força às “Mães contra o Crack”. “Caras”, vocês não “drogados” como os chamam! Vocês são mesmo, os “filhos das mães”!
Abraço fraterno do amigo ou “mano”,
Nelson Pires (Nelsinho do PT)
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