Apesar de meu partido ser a favor da reforma, eu, no entanto, tenho uma questão pontual que não tenho uma opinião formada sobre e, de imediato, penderia para ser contra do que a favor. Não quero dizer aqui, por exemplo, que não respeitarei a opinião majoritária, caso venha a ocorrer. Mas o ponto a que me refiro é sobre o voto em lista. Até certo ponto, acho que viria a fortalecer o partido enquanto instituição. Contudo, a meu ver, beneficiaria quem já tem mandato e isso poderia acarretar na desmotivação de candidatos “abaixo da lista” em fazer campanha. Pior, como acontece em todas as agremiações, essa maneira de escolha poderia servir de ferramenta para chantagem ou revanchismos em eleições internas como a história nos mostra, no que tange a quem (um determinado grupo) vir a ganhar uma disputa interna, usar da estrutura sobre quem (o grupo perdedor) e, portanto com menos representatividade, ficarem aquém das reais condições eleitorais. Até esboçaria melhor a proposta que tenho, caso houvesse a mínima chance de se concretizar, mas, como é utópico, só citarei: aceitaria a lista se houvesse sorteio para todos!
Assim, a comissão responsável por elaborar a proposta para a reforma, com intuito de agradar os descontentes com esse ponto, diz que se poderá candidatar-se avulsamente, desde que obtenha o apoio de 10% de votos válidos, o que, para mim já será uma forma de “fazer campanha antecipada”! Válido para prefeitos e vereadores! Quanto os demais pontos não se têm muitos problemas. Aliás, muito pelo contrário, ponto como o do financiamento público já era pra ter sido aprovado há muito tempo. Pois tornará as eleições mais equânimes e justas, pois minimizará o abuso do poder econômico. Outra que já deveria ter sido implementado é a fixação de teto para gastos de campanhas eleitorais feitos pelos partidos. É muito abuso, gente! Tem candidatos que gastam em uma campanha o que não receberão em 4 anos! Então qual o real interesse de se candidatarem? Pensemos!
Por fim, existem mais questões a serem discutidas por conta da proposta de reforma política, mas, como o intuito aqui era ser um tanto quanto objetivo em parte desta proposta, deixemos para debater na sequência em que se avancem as discussões. Tanto da reforma, como a nossa!
Abraços!
Nelsinho
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