sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Em prol de uma “Baixada” forte e longe de “Arrivistas Políticos”.


Em prol de uma “Baixada” forte e longe de “Arrivistas Políticos”.

            Aproveitando o fim de uma campanha eleitoral, no que tange às candidaturas proporcionais, assim como – novamente – a baixa representação de nossa região na Câmara Federal e na AL, apesar de ter havido inúmeras campanhas para fortalecer o voto na região, suscita-me falar de uma região de nossa cidade que, só ela, pode eleger um deputado federal e um ou dois estaduais e, talvez, quatro ou cinco vereadores, que é nossa Baixada, a nossa Várzea. Mas que nunca conta com representação, ou quase nenhuma. É fato que ninguém é dono da verdade ou exista “receita” para resolver determinados problemas e achar as soluções. Todavia, não se pode proibir o exercício para alcançar tal objetivo. É desse ponto que parto para, desde já, chamar a atenção de nossa gente (embora me refira à Baixada, mas serve às demais regiões) para que não permitamos que alguns políticos nos procurem somente em época de eleições. A esse tipo chamo “arrivistas”, mas podem entender como usurpadores do povo. Penso que devemos votar em pessoas, cuja vida e história estejam ligadas em sua própria região. Não que isso os impeçam de chegarem lá e esquecerem de onde são. Mas cabe a nós depois julgarmos! Nossa zona tem algo em torno de 80 mil pessoas e qual é o nosso representante na Câmara? Qual o parlamentar que se preocupa com estado de nossa gente? (de fato) de nossos jovens que, em alguns casos, ou estão nas drogas ou sem perspectivas? Qual o parlamentar que cobra o que foi prometido em campanha (as), como empregos aos jovens e aos idosos acima de 40 anos? O que temos são parlamentares que não têm nada ou pouco a ver com nossa região e que só vêm em época pré-programada, ou seja, de 4 em 4 anos. Embora deva ser dito que, em certos casos, há exceções! O certo é que não dá pra pôr a culpa só neles! Haja vista que nós é que os colocamos lá, pois lideres comunitário fazem campanha para candidatos que nem da região são por favores pessoais, e por isso não se sentem responsáveis quando eleitos. O vereador, deputado, líder comunitário, tem que ser comprometido com os habitantes em geral e não só com um seguimento, seja religioso, sindical ou qualquer outro!
            Por outro lado, somos gente batalhadora e que tem vontade de, nos 200 anos, ter uma cidade com mais emprego, oportunidade, com menos desigualdades, educação e políticos comprometidos. Que propiciem a atração de investimentos, almejando ampliar o mercado de trabalho, que se preocupem com a diversidade cultural e que, por isso, atraia investimentos para melhorar nosso carnaval, que já foi um dos melhores do país, que apóiem movimentos que (re) insiram e englobe esse compêndio multicultural que temos. Pelotas é uma cidade cuja estrutura econômica sempre foi pautada pelo comércio, mas até isso está ficando raro. Estamos saturados de ouvir dizer que Pelotas é a cidade do “lá-tinha”: lá tinha a Cotada; lá tinha o porto com os estivadores; lá tinha o Anglo que empregava moradores da baixada e de outros lugares; lá tinha fábricas, etc.Temos que pensar é que Pelotas (e a BAIXADA) têm: pessoas qualificadas que sabem fazer teatro; que sabem fazer música, artesanato, que sabem jogar bola em campos do Brasil e do mundo; têm bons políticos (desde que saibamos identificá-los); que produz médicos, professores, advogados e muito mais. Há bairros muito mais novos com mais investimentos e estrutura que o nosso! Por isso é hora de cobrarmos compromisso de quem pede nosso voto!
            Sonho com uma baixada, uma várzea, com uma cidade com mais perspectivas. Sonho com uma Princesa do Sul assumindo seu “trono” e que garanta a seus “súditos” um caminho de esperança e fé, onde tenhamos uma cidade e políticos que se preocupem com os jovens, evitando que entrem no caminho errado. Que se preocupem com seus idosos, propiciando-lhes uma velhice digna e que não os impeçam de ir e vir, que respeitem seus direitos e história de vida dedicada à cidade. Uma cidade que cultue sua historicidade, pois é através desta que manteremos nossos valores morais e é a oportunidade para que deixemos uma cidade melhor para os que virão.
            Por fim, sonho com uma Baixada que se preocupe com seus moradores, que instituam suas associações de moradores com independência política. Que se organizem enquanto base popular que é e com a capacidade que tem. Sonhemos, então, com uma baixada que valore seus filhos ilustres e critiquem, de forma qualificada, os filhos ingratos que a abandonam. Que forme seus jovens, que cuidem seus “velhos”, que protejam suas escolas, bem como se associem a elas, que invista nas diversas formas de cultura e lazer e em toda nossa diversidade local. Isto é, UMA BAIXADA QUE SE AME, AME SEUS FILHOS E QUE AME PELOTAS!

Nelson Pires

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